ATA DA VIGÉSIMA NONA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 22-12-2011.

 


Aos vinte e dois dias do mês de dezembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às doze horas e vinte e nove minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Beto Moesch, Elói Guimarães, Luciano Marcantônio, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol. A seguir, o vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora Presidenta, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Renovação de Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 048/11 (Processo nº 3754/11), por vinte e dois votos SIM, dois votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas e optado pela Abstenção os vereadores Carlos Todeschini, Mauro Pinheiro e Reginaldo Pujol e a vereadora Sofia Cavedon. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 003/10 (Processo nº 2728/10), por vinte e nove votos SIM e um voto NÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Reginaldo Pujol e Engenheiro Comassetto, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não o vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 197/11 (Processo nº 3720/11), por vinte e quatro votos SIM e três votos NÃO, após ser discutido e encaminhado à votação pelo vereador João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores Elói Guimarães, João Antonio Dib e Nilo Santos. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 197/11, a vereadora Sofia Cavedon afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 181/11 (Processo nº 3523/11), por vinte e nove votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Toni Proença. A seguir, o vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora Presidenta, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Após, foram apregoadas as Emendas nos 02 e 03, de autoria do vereador Mauro Pinheiro, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Executivo nº 055/11 (Processo nº 3923/11) e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essas Emendas fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Mauro Pinheiro, deferido pela senhora Presidenta, solicitando votação em destaque para as Emendas nos 02 e 03 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 055/11. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 055/11 (Processo nº 3923/11), após ser discutido pela vereadora Fernanda Melchionna e pelos vereadores Nelcir Tessaro, João Antonio Dib, Toni Proença, Mauro Pinheiro, Dr. Thiago Duarte, Sebastião Melo, Professor Garcia, Alceu Brasinha, Beto Moesch e Reginaldo Pujol. Na oportunidade, o vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal solicitando que fosse distribuídas aos senhores vereadores cópias das Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 055/11. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 055/11. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 055/11, por oito votos SIM e dezenove votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Professor Garcia, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas e Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 055/11, por vinte e quatro votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Beto Moesch, tendo votado Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e optado pela Abstenção o vereador Pedro Ruas. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 055/11, por vinte e sete votos SIM e três ABSTENÇÕES, em verificação de votação solicitada pelo vereador Haroldo de Souza, após ser aprovado igualmente em sua votação simbólica, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e optado pela Abstenção as vereadoras Fernanda Melchionna e Maria Celeste e o vereador Pedro Ruas. Em continuidade, foi rejeitado Requerimento de autoria do vereador Professor Garcia, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei do Executivo nº 045/11 (Processo nº 3697/11). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 045/11 (Processo nº 3697/11), por vinte e quatro votos SIM, quatro votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser discutido pelos vereadores Professor Garcia, Pedro Ruas, DJ Cassiá, Paulinho Rubem Berta e Carlos Todeschini e encaminhado à votação pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib e Airto Ferronato, em votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, este com Declaração de Voto, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os vereadores Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Pedro Ruas e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção o vereador Elói Guimarães. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 045/11, o vereador João Antonio Dib cedeu seu tempo de discussão ao vereador Professor Garcia. Também, o vereador Dr. Raul Torelly registrou sua intenção de votar favoravelmente ao Projeto de Lei do Executivo nº 045/11. Na ocasião, o vereador Pedro Ruas formulou Requerimento verbal, solicitando cópia da Ata da presente Sessão. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/11 (Processo nº 3914/11) e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/11 (Processo nº 3914/11). Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 010/11. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/11. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib, solicitando a retirada de Requerimento anteriormente aprovado, de renovação da votação da Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 037/11 (Processo nº 3388/11). Durante a Sessão, os vereadores Luiz Braz, Alceu Brasinha, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Paulinho Rubem Berta e Nilo Santos manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às quatorze horas e quarenta e cinco minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Paulinho Rubem Berta e secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dib solicita que seja priorizada a renovação de votação do PLE nº 048/11, e vamos atendê-lo.

 

RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3754/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 048/11, que inclui inc. XXII no art. 1º da Lei nº 8.689, de 28 de dezembro de 2000 – que atribui verba de representação aos cargos que menciona e dá outras providências –, atribuindo verba de representação para o cargo de Secretário Adjunto do Gabinete de Assuntos de Gestão em Saúde (GAGS), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

 

Observações:

- renovação de votação nos termos do art. 196 do Regimento da CMPA;

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 22-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, o PLE nº 048/11. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 22 votos SIM, 02 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, eu observo muito o Regimento e pergunto o seguinte: o Requerimento de renovação sempre tem que ser entregue na Sessão Ordinária seguinte. Foi mudado o Regimento?

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Até a Sessão Ordinária seguinte! Obrigada, Ver. Braz.

Peço a atenção de Vossas Excelências. Há um acordo entre todas as Lideranças para supressão do interstício entre os dois turnos de votação, o que é previsto na Lei Orgânica. Está confirmado? (Pausa.) Confirmado.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

2º TURNO

 

PROC. Nº 2728/10 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/10, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que altera o parágrafo único do art. 109 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, excepcionando de impedimento para o recebimento de benefício fiscal a Caixa Econômica Federal e o Fundo de Arrendamento Residencial por ela gerido.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal o PELO nº 003/10. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 003/10.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Ver. Idenir Cecchim, eu peço a sua atenção. V. Exª, Ver. Idenir Cecchim, vai entender melhor o meu pronunciamento do que qualquer outro Vereador aqui da Casa.

Vejam, V. Exas, eu quero chamar a atenção para o seguinte: eu digo que, nessas últimas Sessões, final de ano legislativo, votamos muita coisa no atropelo. Vamos aprovar - V. Exas aprovarão, porque eu votarei contra -, em segunda votação, o PELO nº 003/10, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que altera o parágrafo único do art. 109 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, excepcionando do impedimento para o recebimento de benefício fiscal a Caixa Econômica Federal e o Fundo de Arrendamento Residencial por ela gerido. Esse benefício, de que trata? Como muito bem reconhece o Vereador autor do Projeto, isso se trata, em casos em que os responsáveis, os beneficiários de projetos, os mutuários, não recolham o imposto - esse é debitado contra a Caixa, e a Caixa, então, perde os benefícios aqui referidos.

O que eu tenho dito ao Ver. Tessaro? Primeiro, eu disse que era legal, regimental, a sua proposta; está dentro do Regimento, é uma Emenda à Lei Orgânica, e ele advoga no sentido de obtê-la. Onde é que a situação se enrola? É que nós estamos criando uma situação de excepcionalidade para a Caixa Econômica Federal, por fatos que ela mesma gerou, porque os mutuários, lato sensu, no caso concreto, não são mutuários; são locatários, arrendatários - deem o termo que quiserem -, porque, neste projeto, não há transferência da propriedade nem a promessa de compra e venda entre o empreendedor, que, no caso, é a Caixa Econômica Federal, e, de outro lado, o mutuário final, que não é o promitente comprado. Não é, Ver. Dib, aquele cara que comprou casa lá na Vila Santo Agostinho, que tinha 25 anos para pagar, que pagou com muita dificuldade e que, no final, ficou com a sua escritura definitiva. Não! Nós estamos, Ver. Todeschini, inundando a cidade de Porto Alegre de eternos locatários da Caixa Econômica Federal, que, por outro lado, se transforma no maior banco de terras que se conhece em toda a história do Estado do Rio Grande do Sul! E eu não vou falar do Brasil, porque deve continuar, mas eu vou falar de onde eu conheço.

Então, de um lado, tu dás todas as garantias para a Caixa; ela inclusive constrói, contrata com os empreendedores; o DEMHAB seleciona os moradores, e eles vão para lá certos de que estão adquirindo uma casa própria e não estão! Eles estão entrando num programa - vão pagar por 10 anos e, ao final dos 10 anos, vão começar tudo de novo! Então, é por isso que eu acho que se dá mais um privilégio à Caixa Econômica Federal, que está agindo, no caso, como um agente de mercado. Por que para ele, e para os outros não? Só porque é do Governo Federal? Só porque a gente canta “Vem para Caixa você também?” Não! Eu sou até depositante da Caixa Econômica, mas nem por isso eu quero que ela tenha esse tipo de privilégio.

Eu concordei com que a votação fosse feita agora para reafirmar a minha posição, Ver. Cecchim - por isso é eu disse que V. Exª me entenderia. Eu acho que, mais uma vez, eu vou ser voto isolado! Eu respeito a posição de todos os senhores, mas quero que reconheçam a circunstância de que eu adverti todos do que encerrava, de fato, essa situação.

Eu sei que as intenções do Ver. Nelcir Tessaro são as melhores possíveis; o Vereador quer, de todas as formas possíveis, que se desenvolva em Porto Alegre o Programa Minha Casa, Minha Vida, que engatinha em grande parte pela excessiva burocracia dos nossos órgãos, que criam todas as dificuldades possíveis na liberação do Programa, mas todo esse empenho, todo o desejo que nós temos de que a população tenha casa para morar - se não for em casa própria, que seja em casa alugada, mas que tenha uma casa digna -, todo o nosso empenho não me autoriza a transformar a Caixa Econômica Federal em beneficiária de algo que é uma excepcionalidade no Município.

E aí, Verª Fernanda Melchionna, V. Exª me perguntava por que eu dizia que nós estamos oficializando a Caixa como o “calote oficial” na cidade de Porto Alegre. Na verdade, se a Caixa não pagar, tudo bem! O mutuário não vai pagar, não vai pagar a Caixa, não vai pagar ninguém! O calote está assegurado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, eu fico na minha mesa olhando e escutando. Será que o Ver. Reginaldo Pujol não tem a liberdade de falar, de pedir para encaminhar? Eu ouço os Vereadores dizendo: “Ah”... Quero dizer que eu tenho muita atenção e escutarei quantas vezes o Ver. Reginaldo Pujol quiser falar.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar o PELO nº 003/10.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, eu quero encaminhar pela nossa Bancada na defesa do Projeto do Ver. Nelcir Tessaro. Na verdade, a longa fala do meu amigo Pujol está desfocada. Já há uma Lei Municipal aprovada, que permite que um conjunto de impostos não seja pago para os projetos habitacionais de interesse social. Quem executa o grande Projeto, o Minha Casa, Minha Vida, em benefício do Município, é a Caixa Econômica Federal, e ela não está enquadrada nessa Lei. O que o Ver. Tessaro está sugerindo é o enquadramento definitivo, para que Porto Alegre possa dinamizar mais os projetos habitacionais de interesse social, e a beneficiada é a população.

Então, da nossa Bancada, em nome do nosso Líder Mauro Pinheiro e de todos os colegas, o voto é favorável.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, em segundo turno, o PELO nº 003/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM e 01 voto NÃO.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): ...APROVADO por 29 votos SIM e 01 voto NÃO.

 

(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos trabalhos.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3720/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 197/11, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que altera o parágrafo único do art. 31 da Lei nº 6.151, de 13 de julho de 1988 – que estabelece o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, dispõe sobre o respectivo Plano de Pagamento e dá outras providências –, e alterações posteriores, dispondo acerca do regime de horas semanais de professor ou especialista em educação cedido à Câmara Municipal de Porto Alegre mediante convênio firmado entre os Poderes do Município.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CECE. Relator-Geral Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-11;

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, III da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em discussão o PLL nº 197/11. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 197/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o Projeto modifica o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, dispõe sobre o respectivo Plano de Pagamento e dá outras providências e alterações posteriores, dispondo acerca do regime de horas semanais de professor ou especialista em educação cedido à Câmara Municipal de Porto Alegre mediante convênio firmado entre os Poderes do Município.

Quero ler a colocação da Procuradoria da Casa - aliás, eu não precisava da Procuradoria, porque todos nós, Vereadores, sabemos e todos nós, Vereadores, juramos cumprir a Lei Orgânica (Lê.): “A proposição em análise encontra-se em desconformidade com o art. 94, inc. IV e VII, al. b, por tratar de estrutura, organização e funcionamento da Administração Municipal e regime jurídico do servidor público, matéria de iniciativa privativa do Chefe do Executivo Municipal”.

Ora, se a matéria é de iniciativa privativa do Prefeito, eu acho que nós não devemos votar favoravelmente, porque o que vai acontecer é que o Prefeito vai vetar, e nós vamos ter, outra vez, trabalho. Então, eu acho que, se nós conhecemos a Lei Orgânica - e conhecemos -, se nós juramos a Lei Orgânica cumprida - e juramos -, é chegada a hora de cumprir o juramento, e o Projeto deve ser rejeitado, sem dúvida nenhuma. Eu estou colocando, inclusive, a posição do Governo. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 197/11. (Pausa.)

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 197/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu quero dizer aos meus ilustrados Pares que a Lei Orgânica diz que a votação deve ser contrária ao Projeto. Feito isto, eu declaro o meu voto contrário, e a posição do Governo é esta também. Peço que a votação seja nominal.

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o PLL nº 197/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM e 03 votos NÃO.

 

(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3523/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 181/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Waldir Antônio Bronzatto.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Adeli Sell: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 22-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 181/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, faltam três Projetos, é isso?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Exatamente.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Requeiro que fique por último o PLCE nº 008/11, que diz respeito às taxas da construção civil, porque há uma Emenda que está sendo elaborada e que precisa ser protocolada.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Deferido o seu Requerimento, Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, não é com relação a este Projeto, mas eu pergunto o seguinte: foi votada já a renovação de votação do Projeto...

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Foi votada e aprovada.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Dizem que o direito não socorre o dorminhoco. Eu quero que fique constante que eu me abstive na votação do Projeto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado em Ata. Foi o primeiro da Sessão Extraordinária que abrimos agora. Está registrado.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3923/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 055/11, que institui a Taxa de Vistoria Veicular, para a execução de vistoria nos veículos do transporte público de passageiros e nos veículos locados pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, e institui a Taxa de Expedição da Identidade de Condutor do Transporte Público de Passageiros (ICTP).

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 055/11. (Pausa.)

A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Vereadores e Vereadoras, alguns Vereadores que me antecederam, tratando dos Projetos do Executivo, falaram do montante de projetos que chegam no final do ano e que um Regime de Urgência faz com que esta Câmara muitas vezes vote de maneira açodada projetos que são importantes para a Cidade. O Ver. Todeschini falou, o próprio Ver. Sebastião Melo, porque não é uma péssima característica só de Porto Alegre: acontece no Estado, acontece no Congresso Nacional.

Agora, nós estamos em 22 de dezembro, e este Projeto, Ver. Mauro Pinheiro, chegou à Câmara de Vereadores no dia 7 de dezembro; menos de 30 dias de tramitação de um Projeto que é bastante importante, porque nós achamos importante regulamentar as taxas de inspeção e toda a forma de regularização dos taxistas da Cidade.

Aliás, Ver. Pedro Ruas, isso não acontece só em relação ao “carteirão” e a toda estrutura necessária para a regularização dos taxistas, como, inclusive, a questão da posse dos táxis que seguem desde 1973, e V. Exª, na CUTHAB, até investigou os barões dos táxis na cidade de Porto Alegre, que vendem uma placa, no mercado ilegal, valendo quase R$ 400 mil. Então, o debate sobre os táxis é muito importante para a cidade de Porto Alegre.

Agora, nós estamos vendo, no ano de 2011, a população lutar e reivindicar pela ampliação da democracia em todos os espaços, porque, de fato, esse modelo social tem levado a uma crise econômica que o povo tem pagado. E a juventude tem se mobilizado nesse sentido, inclusive em relação à votação do Projeto relativo à utilização do Largo Glênio Peres - que esta Câmara de Vereadores quis fazer de maneira açodada, e nós fizemos um Requerimento no sentido contrário -, o que está felizmente repercutindo no povo da nossa Cidade, que não aceita que saia a economia solidária, que não aceita restrição de uso do Largo Glênio Peres. Infelizmente, esta Câmara de Vereadores preferiu votar sem discutir com a população de Porto Alegre.

E, agora, me parece que o caso é parecido, porque nós temos que discutir com a Cidade, e não é um problema do sindicato A ou B; é um problema de quatro mil taxistas, muitos empregados, que não são donos de placa e que recebem menos da metade da porcentagem de toda a rota que fazem na Cidade. Faltam direitos trabalhistas para esses taxistas. Nós já fizemos esse debate várias vezes, inclusive, do Projeto que pretendia antecipar a entrada da bandeira dois, e esse debate foi muito bem feito aqui na Câmara Municipal.

Eu acho que não se podem votar projetos sérios de maneira açodada, sem debater com a Cidade.

Ver. João Antonio Dib, falei ontem com o Secretário Capellari - quero deixar este registro -, que foi muito solícito, conversou com todas as Bancadas. Nós temos várias divergências com o Secretário, mas ele é sempre muito atencioso, discute os projetos e as questões relativas à Cidade com todas as Bancadas. E, na conversa com o Secretário, eu coloquei esta questão da votação de maneira açodada, em menos de 30 dias de tramitação de um Projeto que foi minimamente discutido. Foi discutido na CUTHAB, Ver. Pedro Ruas - V. Exª que era o Presidente da CUTHAB -, fizeram audiência na CUTHAB? Não. Foi na Comissão Conjunta, porque o Projeto chegou, o Governo quis acelerar, e não houve o debate com a Cidade.

Eu acho que, muitas vezes, a Câmara, os Parlamentos, a política, se distanciam do povo por não utilizar os espaços de ampliação da democracia para discutir temas relativos à cidade de Porto Alegre.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, ao PLE nº 055/11, com o § 3º: (Lê.) “As categorias sujeitas à cobrança de taxas previstas na presente Lei ficarão isentas de pagamento pelo prazo de 90 (noventa) dias a partir da entrada em vigor da presente Lei, para que seja estabelecida a periodicidade das vistorias, de acordo com o disposto no art. 4º, com a participação dos sindicatos representativos das categorias de transporte público de passageiros envolvidas.”

Apregoo a Emenda nº 03, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, ao PLE nº 055/11, que inclui o § 4º no art. 5º, com a seguinte redação: (Lê.) “§ 4º - Para veículos com, comprovadamente, até 03 (três) anos de vida útil, será realizada apenas uma vistoria veicular anual.”

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, solicitando dispensa do envio das Emendas nº 02 e nº 03 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo o Requerimento para votação em destaque das Emendas nº 02 e nº 03 ao PLE nº 055/11.

O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste, quero dizer que venho a esta tribuna hoje, na última Sessão deste ano Legislativo, quando estamos votando os diversos projetos do Legislativo, do Executivo, mais especificamente no que diz respeito à criação de taxas. No momento, nós temos a taxa de inspeção veicular dos veículos locados, cedidos, concessionários do Município de Porto Alegre, e, logo mais, também teremos a votação das demais taxas de serviços e projetos que também estão hoje na Ordem do Dia.

Eu quero falar sobre este Projeto da inspeção veicular. É evidente que se pode e deva ter inspeção em veículos locados, cedidos, concedidos, concessionários de Porto Alegre, porque nós sabemos que, nesta Capital, há muitos veículos de longa data, com muitos anos de fabricação e que talvez não tenham as condições necessárias para transitar em Porto Alegre sem que haja risco para a vida humana. Mas também nós temos que entender e fazer diferenciar os veículos – como está em uma Emenda – de até três anos, que consideramos seminovos. Veículos seminovos devem ter um tratamento diferenciado; não podemos dar o mesmo tratamento para um veículo com até três anos que damos para outro com dez, doze anos, que estão circulando pela Cidade.

Também nós temos o problema da taxa do famoso “carteirão”. Na maioria das vezes, não é o proprietário que está dirigindo o seu táxi, ele é alocado, é o motorista que está lá, e ele tem de, cada vez, renovar, pagar aquela taxa para ter a sua carteira ali no pára-brisa do veículo. Eu já entendo que aquela carteira deveria ser entregue de forma gratuita pelo Executivo. É a carteira profissional, é o documento profissional, é a concessão profissional que identifica quem está dirigindo o veículo, tanto para a segurança dos passageiros, como de toda a população. Eu entendo como uma obrigação do Município entregá-la gratuitamente, mas está juntamente na cobrança dessa taxa veicular.

E aí tem mais uma Emenda, que nós conversamos com o Ver. Mauro Pinheiro, o qual entendeu e protocolou, para darmos um prazo: nós temos de ter um prazo de até 90 dias para formarmos, junto ao Executivo, uma Comissão, e discutirmos este assunto para a aplicação. Verificar, Ver. Ferronato, a realidade da aplicação desse recurso. “Ah, o valor é baixo, não é baixo...”, mas, muitas vezes, poderá ser um dia de trabalho do motorista de táxi para pagar o “carteirão”.

Então, acho que nós temos de evitar, já que também tentamos passar aqui um Projeto que, no ano que vem, vou insistir novamente, sobre a adequação dos horários do motorista de táxi, horário de funcionamento da bandeira um, bandeira dois. Se nós queremos qualificação no trabalho dos taxistas em Porto Alegre, nós também temos de pagar o justo valor da tarifa e deixar de onerar a categoria.

Eu não gosto de projetos que vêm do Executivo em última hora, quando são discutidas taxas: todos esses tipos de projetos deveriam ser amplamente discutidos nas devidas Comissões, ou numa Comissão Conjunta, com uma Sessão com um amplo debate, para discutirmos ponto a ponto da aplicação. Mas os projetos estão aí, e nós temos de votar, porque se trata justamente de taxas que vão entrar em vigor já no próximo ano de 2012.

Assim sendo, nós vamos votar com o Governo, mas vamos votar com as Emendas que foram apresentadas, para que elas possam fazer o mínimo de justiça para os contribuintes desta Capital. Então, a nossa Bancada vai votar, mas coerentemente, e também vai votar nas Emendas, Ver. Pujol, para darmos um pouco de equilíbrio e justeza a essa tarifa fiscal.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Presidente, eu observo que, muito provavelmente, grande parte da discussão em torno da matéria se dirige às Emendas que estão sendo apresentadas. Então, eu solicitaria a V. Exª que fosse distribuída cópia, especialmente dessas últimas cujo envio para exame das Comissões nós dispensamos, para, quando formos discutir, já termos pleno conhecimento delas.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem, vamos fazê-lo imediatamente.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, eu acho muito difícil o relacionamento dos projetos que aqui são votados com alguma urgência, sem nenhuma explicação, e outros que têm explicação muito bem formatada.

Ontem à tarde, o Diretor-Presidente da EPTC passou aqui, falou com todos os Vereadores e distribuiu a documentação. Não está sendo acrescido nenhum valor às taxas cobradas, apenas eram cobradas por decreto e agora estão sendo transformadas em lei. Nós temos que cuidar dos interesses da Cidade, nós temos que cuidar da vistoria. Eu fui Secretário de Transportes, o Ver. Elói Guimarães foi Secretário de Transportes, e nós cobrávamos a taxa de vistoria, que era obrigatória para os ônibus, para os veículos contratados e para os táxis. Então, o Prefeito entendeu ser melhor transformar em lei, e o Diretor-Presidente da EPTC esteve aqui ontem, entregou para cada Vereador a cópia dos estudos mostrando as razões. Aceitou uma Emenda para o que eles chamam de “carteirão”, que quase a totalidade dos Vereadores assinou, juntamente com o Ver. Paulinho Rubem Berta. Então, eu não entendo por que nós encontramos tantas dificuldades para aprovar um projeto que já funciona e não temos dificuldade nenhuma para votar algo que a Procuradoria da Casa diz que é ilegal, que é inconstitucional, que é inorgânico. Aí nós não temos dificuldade. Agora, quando se trata de resolver problemas da Cidade, aí então tudo complica, tudo fica difícil, tudo fica apressado.

Na verdade, poucos projetos como este tiveram a presença do Secretário, que entregou a documentação um a um dos Vereadores para que ele pudesse ter tranquilidade.

Talvez fosse importante trazer ao conhecimento dos Vereadores – e eu me penitencio por não ter feito isso; vou tentar, mas não sei se resolverá – que está revogado o Decreto nº 15.672, de 1º de outubro de 2007; os arts. 36 e 53 do Decreto nº 1.499, de 2004, que era do nobre ex-Prefeito João Acir Verle; e o § 3º do art. 8º do Decreto nº 15.938, de 13 de maio de 2008. Imagino que, no material trazido ontem pelo Diretor-Presidente da EPTC, estavam todos esses dados. Acho que nós devemos, sim, no interesse da segurança no trânsito, daqueles que transportam coletivamente, que fazem o transporte público, aprovar o Projeto do Executivo. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

 

O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, rapidamente, já vamos numa hora avançada, é 13h10min. Quero dizer que venho à tribuna, porque, para discutir a Emenda, tem que ser na hora da discussão geral do Projeto.

Fizemos uma emenda, de iniciativa de alguns Vereadores, assinada por quase a totalidade dos Vereadores que estavam no plenário, naquele momento, e é a respeito da taxa para o “carteirão”. O “carteirão” anteriormente era feito a cada cinco anos, e a taxa que se exigia para fazer a habilitação do “carteirão” tinha o valor equivalente a duas bandeiradas. Fizemos uma concertação com a EPTC - com o Cappellari, que aqui estava -, com o Celso Pitol, com o Gil Almeida, com o Valdir Fraga, em nome do Governo, com o próprio Líder do Governo e com o Sintáxi e fizemos uma Emenda de que - como do “carteirão”, agora, vai ser exigida a renovação anualmente - a taxa passasse a ser o valor de uma bandeirada anual. O Sintáxi achou razoável, concordou, e construímos essa Emenda coletivamente. O valor de uma bandeirada hoje é R$ 3,72, Ver. Tessaro; portanto um valor ínfimo, que paga, na verdade, só o custo da emissão do “carteirão”; não fica nada nos cofres da Prefeitura. Como a categoria, através do Sintáxi, concordou com a Emenda, concertamos o valor, concertamos o prazo, o Governo acordou pela aprovação da Emenda, acredito que não teremos problema nenhum para aprovar a Emenda n° 01.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Toni Proença, se os valores são esses realmente... Inclusive isso não paga o custo de cobrança; então não sei por que não se dá gratuidade, porque não tem sentido cobrar uma taxa cujos custos de cobrança são maiores do que aquilo que é cobrado.

 

O SR. TONI PROENÇA: Se considerarmos que temos 4 mil liberações em Porto Alegre, nós estamos falando de um valor que realmente cobre os custos. Por isso eu disse que é um valor ínfimo, mas cobre o custo da emissão do... Não fica nenhum saldo para a Prefeitura. É um custo suportável pela categoria e aceitável pelo Governo - chegamos a esse consenso. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir o PLE n° 055/11.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente Sofia; demais Vereadores, Vereadoras; público que nos assiste nas galerias, venho dizer que não sou contrário a que se cobrem taxas por serviços prestados; agora, Ver. João Antonio Dib, o mundo mudou, evoluiu, e nós vivemos numa democracia, e na democracia a gente tem que discutir com as pessoas. O que está faltando é diálogo por parte deste Governo; talvez, pela falta de gestão que há, o Governo não consiga dialogar com as categorias. Com certeza, não houve diálogo por parte do Governo com as categorias que vão ser atingidas por esta lei e por outras leis. O Governo tem muita pressa em arrecadar e mandar projetos no final de ano, como disse a Verª Fernanda, em 20 dias, para cobrar taxas e impostos. Não foi só este Projeto, mas vários projetos vieram para esta Casa; o próximo Projeto foi da mesma forma executado, cobrando várias taxas da Construção Civil, sem dialogar com as categorias, Ver. João Antonio Dib.

Esta é a grande contrariedade que temos com este Governo: manda projetos para esta Casa, sem discussão com os Vereadores, sem discussão com as categorias, cobrando taxas e mais taxas, Ver. Nilo Santos, e não discute com ninguém. Isso é arbitrariedade, não é democrático. O que estamos pedindo é a discussão com as categorias. Que se busque o consenso e que se chegue a um denominador comum!

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, primeiro, o Projeto que está em discussão não gera um centavo a mais, não está sendo cobrada nenhuma taxa. E só para fazer um esclarecimento com relação a uma de suas Emendas, a vistoria não pode considerar um táxi como seminovo com três anos, porque um táxi roda num ano o que o seu carro levaria 4 ou 5 anos para rodar. Com um ano o carro já rodou o equivalente ao que o seu carro roda em 5 anos. Só uma contribuição.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver. Nilo Santos. E o senhor vem ao encontro ao que falei, falta de diálogo e de discussão. Por que essa matéria não foi discutida nas comissões, com prazos, com determinação, para que as categorias fossem ouvidas, os Vereadores tivessem participado, e aí, sim, com estudos técnicos da Secretaria, pudéssemos discutir, Ver. Nilo Santos?

Agora chega o Projeto; em menos de 20 ele está aqui para ser votado, no final de ano, com um pacote de medidas, para quê? Para arrecadar, porque o Governo tem que pagar salários para alguns que estão sendo privilegiados com projetos que chegaram a esta Casa da mesma forma, para que não fosse discutido, dando gratificações para alguns poucos, e tem que cobrar de alguém. Aí chega projetos criando taxas, cobrando impostos, para quê? Para distribuir para alguns poucos, Ver. Todeschini!

Por isso sou contrário à forma como este Projeto chegou. Fiz, sim, duas Emendas; uma delas, inclusive, para tentar ajudar o Governo, para que, no prazo de 90 dias, depois de a Lei entrar em vigor, se aprovada, Ver. Pujol, não se cobre, que seja discutido com as categorias que estão sendo afetadas para, em conjunto, discutir sobre qual a melhor forma, quais os melhores valores, Ver. Alceu Brasinha, os prazos, se é um, dois ou três anos. Agora, um carro que tem seis meses, três meses de uso, por que fazer vistoria tão rapidamente? Um carro que tem um ano tem que fazer duas vistorias, o carro tem que parar, assim como o ônibus, o escolar. Então, nós temos que discutir, Vereador, qual é o melhor prazo. Não será votando 30 ou 40 projetos, em dois dias, que acharemos a melhor solução.

Portanto, o que estou colocando na Emenda é que haja um prazo de 90 dias depois de aprovado o Projeto, para discutir com as categorias. É justo que se discuta com as categorias para saber o que é melhor. Faço toda a discussão neste meu tempo para não precisar usar outros tempos para discutir as emendas.

A outra é que carros de um a três anos, façam uma vistoria anual. Agora, se o Governo acha que três anos é muito tempo, poderia ser dois. Se tivessem discutido com as categorias e com os Vereadores, nós teríamos achado um tempo melhor, Vereador, mas, como eu disse, a democracia, neste Governo, não está muito boa, assim como a gestão. Não houve discussão, e o Projeto vem e querem aprovar rapidamente para arrecadar, Ver. Beto Moesch, porque eles têm que fazer as benesses para poucos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11, por transposição de tempo com o Ver. Beto Moesch.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Muito obrigado, Presidente. Muito obrigado, Ver. Beto Moesch, sempre gentil e afável. Venho aqui fazer algumas considerações que julgo importantes. Nós estamos fazendo este trabalho intensivo, nesses dois dias, e acho, Ver. Mauro Pinheiro, que perdemos para a Assembleia, que tem mais de 60 projetos, todos em urgência. Inclusive, hoje pela manhã, o nobre Presidente da Assembleia, Deputado Adão Villaverde, queixou-se disso em uma rádio de grande audiência na Cidade. Então, calma lá, é importante ter essa atenção! Então, pacote grande é lá na Assembleia.

A segunda questão é a situação de que a inspeção veicular não foi discutida nas Comissões. Eu peço aos Vereadores que disseram isso que olhem no site da Câmara. No dia 08 de novembro, por proposição, inclusive, do nobre Vereador Beto Moesch, que é douto nesta matéria, a questão da inspeção veicular foi discutida na Comissão de Saúde e Meio Ambiente.

Eu quero trazer aqui uma modesta contribuição sobre outro aspecto da inspeção veicular, que é a questão da saúde. O aumento da poluição atmosférica causada pela emissão de gases dos automóveis tem sido, em Porto Alegre, superior a todas as capitais do Brasil, todas! Baseado nisso, inclusive, o Ver. Beto acabou propondo essa discussão. Oitenta por cento da poluição atmosférica vem dos veículos automotores. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, são dois milhões de pessoas que morrem por ano, vítimas de doenças decorrentes da poluição do ar, sendo que 80% da poluição vem dos automóveis.

Em São Paulo, morrem cerca de 4 mil pessoas por ano, devido à poluição veicular. A queda na qualidade do ar está diretamente relacionada à qualidade de vida das pessoas. Os principais problemas que acabam agravando a poluição são três: o que estamos discutindo aqui, a falta de manutenção dos carros; a ausência de inspeção veicular pelos órgãos fiscalizadores, e, muitas vezes, a questão da gasolina adulterada.

Dentro da EPTC, existe uma operação chamada Operação Ar Puro. De cada 25 medições feitas pela Operação Ar Puro, uma se encontra em veículo que não poderia estar trafegando.

Então, é muito importante que a gente possa fazer essa análise objetiva no que se refere à questão qualidade de vida e saúde. Nós estamos, em Porto Alegre, em um limiar. Mas aí vão perguntar se essa parcela de contribuição fará diferença. Eu não sei se fará diferença na questão de um melhor ar a ser respirado, mas, certamente, é o primeiro passo dentro desse processo. Aqui, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente - o Ver. Todeschini e o Ver. Oliboni estavam presentes - deu uma contribuição                                                                                                                                                                                                                                                               muito importante neste aspecto. Nós, com taxa, sem taxa, temos que enfrentar esta questão da inspeção veicular, porque, senão, a cada dia mais, nós vamos acarretar problemas maiores à saúde. Se o Projeto não adiciona nenhuma taxa, eu não vejo por que a gente não louvar as boas iniciativas, como, por exemplo, a iniciativa do Ver. Oliboni naquele outro Projeto que se refere à ficha limpa. Eu quero fazer essa analogia e deixar esta contribuição a todos os colegas.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

Solicito ao nosso Vice-Presidente, Ver. DJ Cassiá, que me substitua por alguns minutos.

 

(O Ver. DJ Cassiá reassume a Presidência dos trabalhos.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezada Presidente, Verª Sofia Cavedon, além deste Projeto, temos mais dois projetos para enfrentar, e vamos enfrentá-los.

Eu começo esta fala dizendo o seguinte: primeiro, “não vamos ver chifre em cabeça de égua”. Este Projeto, na verdade, Ver. Mauro Pinheiro, transforma em lei aquilo que era feito por decreto. Essa é a razão maior.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço o aparte, até porque estou inscrito, para a gente ser mais ágil aqui. A informação que eu tenho, e gostaria que o Ver. Dib prestasse atenção no que eu vou falar, dos representantes do Sindicato é que o Município também foi condenado porque cobrava as taxas com base em um decreto. Não dá para sonegar informações. Eu não estou dizendo que o Ver. Dib fez, mas eu gostaria que V. Exª falasse sobre isso. Obrigado.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Diga-se, de passagem, que o Decreto é do Governo João Verle. Correto, meus amigos da Bancada do PT? O Sintáxi, presidido por esse jovem Luiz Nozari, e tenho o maior respeito pela categoria e por ele, entrou na Justiça e ganhou, em segunda instância, a devolução pela cobrança, porque o Tribunal entendeu que isso era cobrado de forma ilegal, pois foi instituído por meio de Decreto.

Então, o que o Governo está fazendo? O Governo mantém, Nilo - e V. Exª falou sobre isso -, ou seja, é “tudo como dantes no Quartel de Abrantes”. Não há nenhuma alteração, Ver. Haroldo, é tudo igual. O que eu estou fazendo, Ver. Dib, é transformar o que era decreto em lei. E é evidente que o Município vai ter que devolver porque condenado foi; então vai ter que devolver - e vai devolver.

Então, Ver. Mauro, não se trata... E aqui tem uma questão chamada anualidade. Vossa Excelência, mesmo sendo Vereador de primeiro mandato, é brilhante, mas V. Exª, como muitos políticos... O fato sempre tem dois lados: “Ah, o Governo está querendo meter a mão no contribuinte”. Não, não é isso, o Governo está mantendo o que já existe. Se não criar agora, não pode cobrar o ano que vem, Ver. Ferronato.

Então, tem alguma dúvida mais, Ver. Bernardino? É isto: não há nenhuma alteração no valor da vistoria do táxi, do ônibus, do lotação.

Agora, eu quero entrar no mérito da questão. Durante dois anos, o meu filho andou em caminhonete escolar, agora não mais. Vocês não acham correto, para os nossos filhos que andam de caminhonete, para o cara que anda de táxi, aliás, para todo mundo, que tenha vistoria? Tem que ter vistoria, sim! Acontecem acidentes de várias maneiras: por bebedeiras, por direção irresponsável, mas também por imperícia, por falta de fiscalização. Então, tem que ter vistoria, sim, tem que ser mais rigoroso, sim! Ou alguém acha que não tem que ter?

 

O Sr. Mauro Pinheiro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, V. Exª pode ter certeza de que todos os Vereadores desta Casa são a favor de que haja vistoria, de que haja taxa. Nós só gostaríamos que esta Casa discutissem esse assunto com os sindicatos de todas as categorias e depois com o Governo para ver a melhor forma. Essa é a nossa ideia. Muito obrigado.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Está bem. E aí eu quero reiterar o que eu disse nesta tribuna há meia hora: eu espero que, um dia, Dib - eu e V. Exª não estaremos mais aqui a partir do final do ano que vem, e talvez outros -, na minha Cidade - eu não sei quem vai ser o Prefeito ou a Prefeita -, as votações não sejam feitas assim no final de ano, porque era assim no Governo do PT, foi assim no Governo do Fogaça, é assim no Governo do Fortunati, foi assim do Governo da Yeda, foi assim no Governo do Rigotto, do Britto, do Collares, do Olívio, e, agora, é assim no Governo do Tarso; foi assim com o Fernando Henrique, foi assim com o Lula, é assim com a Dilma! No final do ano, entopem os legislativos para poder votar! Está errado isso, Ferronato! E essa é uma cultura de uma certa submissão do Poder Legislativo! Se o Poder Legislativo desse um basta nisso, num determinado momento, os governos mudariam: “Espera aí, isso aqui eu poderia mandar três, quatro meses antes.” Mas não tem sido assim. Há submissão, sim, do Poder Legislativo! Eu acho que é uma correção que tem que ser feita para o fortalecimento do Parlamento e para a democracia representativa!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Ver. DJ Cassiá, presidindo os trabalhos, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o meu antecessor, o Ver. Sebastião Melo, brilhante como sempre, já fez algumas considerações, mas eu acho importante reforçar. Primeiro, não está se inventando a roda. O que está sendo feito, e já foi dito, é apenas regulamentar o Decreto de 2004, promulgado na época do então Prefeito João Verle. E já foi dito os porquês da necessidade de se fazer essa alteração. Ou seja, entendeu-se que, por decreto, não é justo, não é legal, e por isso foi penalizado. Então, a forma de regulamentar é através da lei.

Este Vereador defende, inclusive, a vistoria veicular dos carros particulares, a inspeção veicular que está tão discutida; claro, há as formas. Mas eu vejo que, por exemplo, o Ver. Mauro Pinheiro apresentou a Emenda nº 01, solicitando 90 dias para discutir. Ora, discutir algo que já existe há sete anos... Algo que existe há sete anos, e eu tenho certeza de que o que foi colocado aqui está sendo discutido com a categoria. O segundo coloca três anos de vida útil. Só para informação, o Município de Porto Alegre, hoje, não contrata nenhum veículo, para problema de licitação, com mais de três anos de vida útil do carro. E, quando se fala em uma vez por ano, ora, a informação que se tem é que, hoje, um táxi roda, em média, 80 mil quilômetros por ano. Então, realmente, o que um táxi roda num ano é o que muitos rodam, talvez, em cinco, seis anos, nos seus automóveis, e para fazer cinco anos dá mais de mil quilômetros por mês. Então, para vermos o volume. É interessante ler que, no Decreto anterior ,o que está sendo mantido é que se cuidam todos os modais, ou seja, ônibus, lotação, táxi, escolares, fretamento e os locados pela Prefeitura de Porto Alegre, ou seja, todos aqueles ligados à questão do ente público estão sendo vistoriados e inspecionados, e isso é realizado duas vezes por ano. Ora, quando diz: “Vai parar” ? Então eu pergunto: “Qual o preço da segurança? Qual o preço de uma vida?” Não tem preço, gente! E sabemos que nós mesmos, proprietários dos veículos, às vezes, quando vamos, em período de férias, à praia, fazemos isso.

Então, na realidade, o Poder Público está salvaguardando a vida de todos aqueles que usam esse sistema, e são milhares e milhares de pessoas. Eu tenho certeza de que a população, em diversos momentos, utiliza o táxi, o lotação, o transporte coletivo... Os que têm filhos e têm o poder aquisitivo maior, utilizam o transporte escolar, e os setores públicos, todos, utilizam os carros locados pela Prefeitura.

Então, mediante isso, eu não tenho nenhuma dúvida de que apenas estamos convalidando aquilo que já existe, mas, de forma fraterna, eu não concordo, ou seja, zera o processo e tem 90 dias para discutir. Discutir o quê? Aquilo que já existe há sete anos e todos concordam? E vamos retroagir; em vez de inspeção veicular que hoje é de seis em seis meses, nós retroagiremos para um ano! Ora, Porto Alegre tem uma frota nova, mas nós temos o dever, a obrigação, a seriedade e a responsabilidade de fazer com que a vistoria seja eficiente para que possamos, cada vez mais, garantir a vida dos cidadãos, porque muitos, infelizmente, a perdem por imprudência a cada fim de semana, no trânsito. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11. O Ver. Bernardino abre mão do seu tempo para que seja votado o Projeto logo em seguida.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra discutir o PLE nº 055/11.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este Projeto, ninguém entende melhor que eu, ninguém, Vereador. Sabem por quê? Eu vou dizer um detalhe, existe o pneu de primeira linha, o de segunda linha, o de terceira linha e o recapado. Quer dizer que um pneu bom, de qualidade, rodou 40 mil quilômetros. E, muitas vezes, em um comércio, tu compras um pneu, mas tu não sabes o índice de rodagem do pneu, quantos quilômetros ele vai rodar. Você compra o pneu e acha que vai rodar tudo igual. Não é assim. Cada pneu tem uma especificação. Mais ainda: o sistema de frenagem tem uma duração; pastilhas, disco de freio; as pastilhas duram 10 mil quilômetros, podem me corrigir os taxistas que estão aí e sabem que é verdade. Disco de freio com 35 mil quilômetros tem que ser trocado. Existe a pastilha de primeira e a de segunda linha, então, se tu botares uma pastilha boa, certamente, Ver. Nelcir Tessaro, vai rodar mais. Mas eu sou favorável realmente a que haja a vistoria de seis em seis meses, porque um taxista, por exemplo, roda cinco mil quilômetros por mês, acho que sim, porque eu, Vereador, rodo isso. O amortecedor também não é feito para toda a vida, ele tem prazo de validade, uma idade de vida. Tudo que vem de linha de montagem é até 40 mil quilômetros, o que, em seis meses, um taxista faz e até mais. Eu sou a favor dos taxistas, gosto deles e defendo a classe. Isso que eu estou dizendo tem lógica. Eu me criei trabalhando nessa linha: sistema de frenagem, sistema de suspensão, sistema de pneu. Tudo tem vida útil. Tem gente que olha o pneu e acha que está bom, mas, se for olhar a durabilidade dele, já está vencida. Tenho certeza de que tem Vereador aqui que está com os pneus vencidos e nem sabe!

Por isso, tem que ter a vistoria, que vai identificar todos os itens que estão errados.

Ver. Dib, o senhor, que já foi Prefeito da Cidade, sabe que as pessoas têm a mania de dizer que o melhor pneu se coloca na dianteira e o pior na traseira. Não é verdade! Está enganado quem faz isso! O melhor pneu tem que ir à traseira, porque tu tens o controle do carro na direção e, atrás, não se tem controle nenhum. Por isso o melhor pneu tem que rodar na traseira.

Eu acho que este Projeto tem que ser aprovado, a vistoria tem que acontecer para ter mais qualidade e segurança no trânsito de Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, apenas quero colocar algumas coisas dialogando com o Ver. Dr. Thiago, porque quem quer segurança no trânsito e quem quer uma cidade menos poluída tem que ser favorável à inspeção veicular. Não há como melhorarmos a segurança e a qualidade do ar sem inspeção veicular, isso não está nem em discussão! E a Assembleia Legislativa perdeu a grande chance de aprovar a inspeção veicular para o Estado do Rio Grande do Sul, nós todos perdemos com isso. Isso já é feito em São Paulo, já é feito no Rio de Janeiro, isso está no Código Nacional de Trânsito. Eu só estou fazendo essa colocação, primeiro... Por que estamos discutindo tanto essa matéria? Porque é mais um Projeto em Regime de Urgência. Não discutimos nas Comissões, lamentavelmente, resta discutir aqui, de forma unilateral, no plenário, sem debater com a sociedade, porque somente nas Comissões nós debatemos com os segmentos, com os setores e com a sociedade; não é no plenário, o plenário é exclusividade dos Vereadores. Então, em primeiro lugar, é mais um Projeto em Regime de Urgência.

Em segundo lugar, o Projeto – o Ver. Sebastião Melo já colocou muito bem – apenas coloca em lei o que já está em Decreto. Lamentavelmente, o Executivo ainda não ousou e precisa ousar, Ver. Thiago, e esse é o nosso papel o ano que vem, porque ele apenas está mantendo a inspeção veicular já existente para táxi, lotação, ônibus, veículos escolares, mas a inspeção veicular tem que ser para todos os veículos, inclusive os particulares, os nossos veículos, ao menos anualmente. Portanto, querer reduzir para menos de um ano veículos que têm concessão para circular na Cidade é um grande retrocesso do ponto de vista de segurança e de poluição atmosférica. O Dr. Thiago já colocou muito bem: 80% da poluição atmosférica em Porto Alegre provém da circulação de veículos, 80% ou mais.

Nós temos, na realidade, que ir além do que está aqui: é inspeção veicular também para veículos particulares, que continuam, lamentavelmente, poluindo, e muito, a cidade de Porto Alegre, comprometendo o Sistema Único de Saúde, abarrotando os postos de saúde, os hospitais, demandando mais medicamentos, porque não há uma política de prevenção, e isso passa também – não somente – pela inspeção veicular. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 055/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, serei o mais sucinto possível. Estou num dilema entre atender o Ver. Dib, que diz que a gente tem que discutir os Projetos, e atender os outros que não querem que eu discuta o Projeto. E eu compreendo aqueles que não querem. Então, eu vou ser sucinto em homenagem ao Ver. Tarciso, que concordou em ficar mais um tempo – ele, que é doente, que precisava se alimentar agora –, permitindo que eu fizesse esta intervenção.

Eu não vou discutir o mérito do Projeto; acho que o meu Relatório é muito explícito nesse particular. Só quero comentar o seguinte: acho que este final de ano gera esse tipo de situação. As duas Emendas que estão sendo discutidas – a 02 e a 03 –, eu não consigo entendê-las. Ver. Mauro Pinheiro, eu preciso alertar o seguinte: V. Exª está acrescentando o § 3º ao art. 5º e acrescentando o § 4º ao art. 5º, tratando de assunto completamente diferente do que diz o art. 5º. O art. 5º do Projeto fala em instituição da Taxa de Expedição da Identidade de Condutor de Transporte - o “carteirão” - para os modais táxi e escolar, etc. Ele vem e coloca Emendas que dizem: “As categorias sujeitas à cobrança das taxas previstas na presente lei ficam isentas do pagamento pelo prazo de 90 dias, a partir da entrada em vigor da presente lei, para que seja estabelecida a periodicidade das vistorias...” Mas esse artigo não trata de vistoria; trata do licenciamento dos condutores.

O Ver. Paulinho Rubem Berta foi correto com a Emenda nº 01, que foi apoiada por toda a Casa, disciplinando um dos itens desse particular.

Com relação ao 4º, então, é absoluto, diz ele: “Para veículos com comprovante...” Ora, nós não estamos tratando de veículos aqui. O art. 5º trata de condutores de veículos, e não de veículos. Inclusive, se nós aprovarmos, Ver. Tarciso, nós vamos criar um monstro aqui nesta lei, impossível de prosperar. Por isso, eu, que já tinha intenção de votar pelo mérito, agora, pela má colocação, voto com o Projeto, com a Emenda nº 01 e contra essas outras duas Emendas. Muito obrigado por terem me tolerado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 055/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 02 ao PLE nº 055/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM e 19 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Beto Moesch, a Emenda nº 03 ao PLE nº 055/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 24 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o PLE nº 055/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM e 03 ABSTENÇÕES.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Professor Garcia, de adiamento da discussão do PLE nº 045/11 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram (Pausa.) REJEITADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3697/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 045/11, que autoriza a permuta de próprio municipal localizado na Av. dos Estados nº 1323, pelo lote objeto da matrícula nº 18.104, do Registro de Imóveis da 3ª Zona desta Capital, de propriedade da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS), sito no Bairro Lomba do Pinheiro, nesta Capital.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 045/11 (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 045/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente Sofia, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; público que nos assiste, ontem, solicitamos o adiamento da discussão por uma Sessão e tivemos acesso a todo o Processo.

Quero dizer que este Projeto chegou nesta Casa no dia 10 de novembro; foi aprovado nas Comissões Conjuntas e não teve nenhuma apreciação maior por parte da Casa, embora isso já esteja ocorrendo desde 2006.

Vou fazer uma retrospectiva da dinâmica do Processo.

Esse imóvel da Av. dos Estados foi avaliado em R$ 560 mil, valor estipulado em novembro de 2010, e a permuta proposta é por uma área que foi adquirida pela Associação do Aço do Rio Grande do Sul, na Lomba do Pinheiro, no valor de R$ 53,5 mil. Como contrapartida, a previsão da construção de uma creche comunitária, 318 metros quadrados, no valor de R$ 434 mil, mais terraplenagem, limpeza e retirada do entulho - R$ 115 mil. Isso perfaz um valor de R$ 604 mil.

O Município teria, caso não concordasse - mas a Associação do Aço concorda -, de abrir mão dos R$ 44 mil, que seria a diferença. Isso com tudo. Mas podemos dizer que foi uma permuta de um terreno de R$ 600 mil por um de R$ 53 mil.

Olhamos o Processo e vimos que as Máquinas Condor, na época, tinha o interesse de comprar o terreno, porque ela era lindeira de ambos os lados, mas isso não foi aceito.

Também vimos que esse terreno esteve em negociação com a Dalla Santa, e estavam previstos a rótula da Wenceslau Escobar, a Diário de Notícias e alguns terrenos do Jóquei Club para fazer essa permuta. Esse terreno foi deixado de lado.

Eu estou apenas contando o que eu li no Processo.

A própria Associação do Aço pediu para o Executivo a isenção de ITBI, mas o Executivo negou a isenção do ITBI. E o que mais me surpreendeu foi que a obra já começou. Conversando, hoje, com a Procuradora, ela disse que esse início de obra só pode ser por conta e risco da Associação do Aço, porque o Executivo não autorizou. Na realidade, preocupa-me, porque, senão, estamos brincando, porque a Lei diz que, necessária e obrigatoriamente, tem que passar por esta Casa. Então, presume-se...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento, por cedência de tempo do Ver. João Antonio Dib)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: ...O que gostaríamos que não acontecesse – aqui fica um recado para o Executivo – é começarem uma obra sem que seja garantida a negociação nesta Casa, que é quem dá ou não o referendum. Agora, este Vereador entende como legítimo, justo, o pleito lá dos moradores da Lomba do Pinheiro.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Paulinho Rubem Berta.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Vereador, agora eu não tenho como ler. A creche, por um pleito da comunidade, será construída na Lomba do Pinheiro. Olha, a obra já começou – e aí eu quero grifar que não deveria ter começado – e passou por cima desta Casa; é esse o aspecto que temos que cuidar muito. Agora não vai ser este Vereador - usando um termo popular - que vai “melar” a construção da creche na Lomba do Pinheiro. Não, tem que sair sim. Mas eu quero fazer essa ressalva, que é importante. E volto a dizer: não deveria ser dessa forma. Lastimo que o foi, porque, daqui um pouquinho, parece que está se jogando uma comunidade contra os Vereadores, e não é isso, mas este Vereador tem quatro mandatos, e, no dia 1º de janeiro, completarei 15 anos consecutivos. Olha, eu sou um Vereador zeloso, jamais vou dizer que, sobre um projeto votado aqui, eu não sabia e votei – não! Eu procuro saber, sim, e leio. Às vezes até dizem: “Mas o Garcia de novo?” Não, temos que ir amiúde, buscar os subsídios. E o que eu procurei fazer aqui foi este relato, que esse terreno zanzou de um lado para o outro. Não vou entrar no mérito se é um bom negócio ou um mau negócio, mas o bom negócio é que a comunidade vai ganhar uma creche, e, pelo que eu sei, é uma creche exemplar. Então, meus amigos, de forma fraterna, li todo o Projeto - está aqui todo o calhamaço (Mostra documento.) -, e fiz o histórico.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Garcia, eu acho que V. Exª resumiu bem esse negócio da Associação do Aço com a creche. Acho que esse Projeto vai ser aprovado, mas que fique consignado que eu tenho certeza – até sou contribuinte da Associação do Aço, a minha empresa é filiada – que a Associação do Aço vai fazer mais coisas pela creche. Segundo as avaliações atuais, o terreno vale em torno de R$ 1,2 milhão, R$ 1,4 milhão. Então, esse dinheiro - sei lá quanto -, tenho certeza de que a Associação do Aço vai aproveitar e fazer algum puxadinho a mais lá na creche, ou mobiliar a creche, ou fazer alguma coisa a mais para mais crianças, que terão maior conforto, para que possam estudar ou passar o dia naquele local.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Eu só quero dizer que isso pode ser a vontade de V. Exª, mas não está prevista. Mas eu acho que V. Exª, com a sua influência, poderá fazê-lo.

 

O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Os dados objetivos que V. Exª nos traz, da maior relevância, são que o terreno da Prefeitura valia R$ 600 mil, na primeira avaliação; o terreno da Associação do Aço, R$ 53 mil, e há a compensação de uma creche. Esses são dados objetivos. A partir daí, as pessoas começam a concluir daqui, dali; mas esses são os dados objetivos. Era só isso, Vereador.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado. E também quero dizer que está previsto no contrato que a Associação só poderá iniciar a sua obra depois que estiver concluída a creche com o devido habite-se da Prefeitura. Então, o habite-se vai ser feito em tempo recorde também. Ver. Pujol, eu lhe concedo, com todo o preciosismo, um aparte, porque V. Exª está sempre atento aos grandes Projetos.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: Eu o estou ouvindo com atenção e estou fortalecendo um convencimento que eu vou externar no voto. Estou atentamente o ouvindo, e V. Exª está fazendo o que eu deveria ter feito: olhou todo o processo e nos deu a sua opinião. No momento, eu tinha o parecer favorável do Comassetto, um apelo do Tessaro para votar a favor, e o Dib me recomendando que o negócio estava certo. Agora, V. Exª definiu a minha posição com a clareza com que fez a exposição.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, Vereador, e por isso fui o primeiro a me inscrever, já que ontem levantei a questão, fiquei com o Projeto, e eu tinha a obrigação de trazer os maiores subsídios possíveis dentro daquilo que eu sintetizei.

Portanto me coloco à disposição e volto a dizer: levantei a questão, mas, ao mesmo tempo, a comunidade não poderia ficar prejudicada. E volto a dizer que lastimo...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: ...Obrigado, Vereador. Só volto a dizer que lastimo, porque a Casa foi passada para um segundo plano, e não deveria ­– questão de dias, só isso. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLE nº 045/11.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Vereadoras, Vereadores, o Ver. Dib e o Ver. Luiz Braz, não lembro qual outro, além de nós, foi colega do ex-Vereador, Jorge Goularte. O Jorge Goularte, na tribuna, Ver. Sebastião Melo, começava assim o pronunciamento: “Nada como um dia depois do outro, com uma noite no meio”. Não sei por que ele sempre dizia “com uma noite no meio”, mas enfim.

Agora vem o Projeto aqui, da Associação do Aço. Ontem eles falavam “em bancada do aço” – não é, Verª Fernanda? Nada como um dia depois do outro, com uma noite no meio. Porque esse Projeto, aliás, via de regra, para os Projetos que o Executivo encaminha para cá, com troca, com permuta de imóvel, temos que abrir o olho, gigantescamente, porque eles são inacreditáveis! Há um Projeto que até tiraram daqui porque era tão escandaloso... Disse-me, hoje, o Ver. Reginaldo Pujol que tiraram. Era inacreditável aquele, um escândalo completo - aquele de uma empresa de posto de gasolina; os demais têm uma justificativa, sempre.

Quanto à história do Pontal, houve todo um Projeto, a Lei n° 470, para pagar dívida trabalhista. Depois houve outros Projetos, o Ver. Brasinha apresentou outros Projetos e tal. Agora, há um Projeto aqui, de um terreno da Prefeitura, avaliado em R$ 600 mil, permutado por um terreno da Associação do Aço. Coitados! A Associação do Aço é necessitada, é evidente! Deve ser o Sr. Gerdau, deve ser... Vamos ver quem é a “bancada do aço” hoje, Ver. Nilo! Hoje vamos ver quem é que vota com a Associação do Aço. O PSOL vota contra! O PSOL vota contra! O PSOL vota contra! Não vende voto, não troca favor! Não que alguém o faça; quero dizer que o PSOL vota contra. Conosco não tem... Este Projeto aqui é um absurdo! Uma Associação do Aço e quer ainda oferecer, como moeda de troca, uma creche na Lomba do Pinheiro?! A creche, o Município deveria fazer, ele tem outro tipo de recurso; vai entregar o patrimônio municipal como entregou, há pouco, para o Jockey Club, como entrega a toda hora? O que é isso? É uma prefeitura ou uma imobiliária?

 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Os necessitados. De fato, está ali o pessoal; coitado do Jockey Club - infelizes, lá; agora, pobre do pessoal do Aço, Ver. Nilo, que está necessitando dessa troca! Eles oferecem um terreninho de R$ 53 mil; a Prefeitura dá R$ 600 mil. Mas eles dão uma creche!

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido Ver. Pedro Ruas, será que V. Exª imagina que a Associação do Aço tem a conduta desviada?

O SR. PEDRO RUAS: Eu não disse isso.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Eu faço uma pergunta para V. Exª, eu não disse que o senhor falou isso.

 

O SR. PEDRO RUAS: Não imagino nada disso. O que sei é que há gente muito poderosa, com muito dinheiro, com muita influência e que não precisa de favor da Prefeitura. Quem precisa são os pobres.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Obrigado, Vereador.

 

O SR. PEDRO RUAS: Pois não. Obrigado, Vereador.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Pedro Ruas já me inscrevi e lhe cedi meu tempo.

 

O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Vereadora.

 

A Srª Fernanda Melchionna: Eu só queria responder à pergunta do Ver. Brasinha, porque me parece que quem tem a conduta repreensível é a Prefeitura, que está trabalhando como uma imobiliária, cedendo um terreno de valor altíssimo para a Associação do Aço; e, ainda: já começaram as obras da creche sem passar por esta Câmara. Sem contar que corretores, hoje, já dizem que o terreno está valendo cerca de R$ 1 milhão. Alguma coisa está cheirando mal neste Projeto.

 

O SR. PEDRO RUAS: O Projeto, eu considero, nos termos em que está, é um deboche, é um deboche! Não existe permuta de R$ 600 mil por R$ 50 mil! Ninguém faz isso! O inverso não aconteceria, porque essa gente do Aço, Ver. Brasinha, não rasga dinheiro. Eles não vão entregar R$ 600 mil para ganhar um de R$ 50 mil. Agora, a Prefeitura entrega um de R$ 600 mil para ganhar um de R$ 53 mil, sendo que o de R$ 600 mil já vale um milhão. E a Associação do Aço, que é quarta do mundo em poderio econômico, financeiro, na área do aço, entrega uma creche na Lomba do Pinheiro e acha que faz muito. É ou não é um deboche? Com a periferia de Porto Alegre do jeito que está, aumentando a favelização da Grande Porto Alegre, no Estado inteiro aumentando, e a Prefeitura se dá ao desplante - por isso eu falo em abuso - de entregar um terreno privilegiado de R$ 600 mil!? Só não entregou o outro para aquele grupo combustível ali, porque se deram conta e retiraram - o Ver. Pujol avisou -, porque aquele conseguia ser mais escandaloso do que este, aquele era pior do que esse, aquele tinha um nome, era lei com retrato. Agora, este aqui não tem como votar! E mais: se este Projeto for aprovado, Verª Fernanda, nós devemos buscar a via judicial, porque estamos aqui de incúria – a palavra é essa: incúria! - administrativa. Não é possível o Executivo Municipal entregar um imóvel desse valor, desse porte, numa permuta absurda, com uma entidade que não precisa, que poderia financiar mil creches, se quisesse, e ainda ser aprovado na Casa.

Então, fica aqui a nossa posição contrária, a nossa indignação, a nossa decepção no encaminhamento deste Projeto, e esperamos que não seja aprovado na Casa. Mas este tem que ir mais longe (Mostra documento.) Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.).

 

O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o PLE nº 045/11.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Ver. Paulinho Rubem Berta, vou procurar ser bem breve aqui. Em primeiro lugar, Ver. Alceu Brasinha, Ver. Nilo Santos, Ver. Idenir Cecchim, lá na Lomba do Pinheiro tem a Creche Vovó Belinha, que está num local alugado, e o proprietário já está pedindo o local. Lá há 40 crianças que são atendidas - eu gostaria que as senhoras e os senhores Vereadores prestassem a atenção: 40 crianças são atendidas lá. Tem prazo para entregar o prédio, e a Prefeitura está preocupada, Ver. Garcia: para onde irão essas crianças? Aliás, Ver. Brasinha, o Projeto da Secretaria de Educação da Prefeitura é para 120 crianças, não mais para 40 - é para 120! Então, eu quero aqui, Ver. Brasinha, só deixar na consciência de cada um: para onde vão essas 40 crianças? Para onde? Para minha casa? Para a casa de algum dos Srs. Vereadores?

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. DJ Cassiá, realmente, é uma creche que vai beneficiar 120 crianças, e tenho certeza absoluta de que essas crianças vão ter uma vida bem melhor, uma educação bem melhor, e, certamente, só ganha a Cidade de Porto Alegre. Eu queria aproveitar também, Vereador, esse aparte que V. Exª me dá, para fazer uma homenagem às taquígrafas, que ficam aqui todo esse tempo, sempre estão ali trabalhando muito e nunca reclamaram. Então, eu quero dar os meus parabéns para as taquígrafas e, mais ainda, um Feliz Natal e um Feliz Ano-Novo, porque essas são as verdadeiras funcionárias, que nunca reclamaram.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Beleza! Parabéns! Eu também quero. Ver. Mario Fraga, eu gostaria que alguém fosse lá na Lomba do Pinheiro e perguntasse àquela comunidade se a Prefeitura está ou não está começando a obra, se está errada ou certa. Errada estaria, com certeza, se não tivessem começado a obra... Começou ou não começou? E se não tivesse como acolher estas crianças, isso, sim, é o errado. O certo é acolher essas crianças, que acredito que é o que a Prefeitura está fazendo. Quero concluir dando os parabéns à comunidade, que se mobilizou, tem sentado com a Secretaria de Educação e com a Prefeitura, e quero também dar os parabéns à Prefeitura e à Secretaria de Educação.

É isso aí, sou a favor. Se começaram a obra, que terminem a obra e acolham essas crianças. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulinho Rubem Berta): Passo a presidência dos trabalhos ao Ver. DJ Cassiá.

 

(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para discutir o PLE nº 045/11.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, saúdo os funcionários e demais pessoas que nos assistem. Eu vou ser breve, porque todos estão cansados, sem almoço. Ver. DJ Cassiá, o senhor tocou no ponto, o senhor tocou no coração e na necessidade. Uma creche com 120 crianças significam 120 mães e 120 pais que podem dar uma melhor assistência à sua família, que podem ajudar na renda de casa. E, quando nós conseguimos, por intermédio de uma permuta, viabilizar uma creche para a periferia de Porto Alegre, que todos nós nos preocupamos, então nós temos que aprovar, sim, este Projeto. Este Vereador e o Ver. Elias Vidal, do PPS, vão votar, sim, favoravelmente a este Projeto, porque vai beneficiar não só 120 crianças, mas também 120 famílias que, traduzindo, constituem 300 a 400 pessoas. Agradeço a compreensão de todos os colegas.

Como esta é a minha última intervenção, eu desejo Feliz Natal e bom Ano-Novo a todos nós.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 045/11.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. DJ Cassiá, na presidência dos trabalhos, eu vou falar só um minuto, porque ouvi aqui atentamente todas as falas, e a fala do Ver. Pedro Ruas foi muito forte. Mas eu quero dizer que vou votar a favor e voto com base nas informações que recebi aqui da Drª Simone, que disse que acompanhou toda a negociação, e tenho a Drª Simone como uma pessoa muito competente, muito séria, uma profissional extraordinária.

 

O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Que informações que ela lhe deu que ninguém tem, Vereador?

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): As informações de que o negócio foi feito dentro dos critérios técnicos e em equilíbrio, como em qualquer negociação que se faz na Prefeitura, meu caro Vereador.

 

O Sr. Pedro Ruas: Eu não conheço a Drª Simone, não sei quem é, eu só li o que está no Projeto. É um imóvel de R$ 560 mil por um de R$ 53 mil. Isso é incúria administrativa, este não vale 10% do valor do outro. Isso aí, na Justiça, não vai resistir, é certo.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Pode ser, o senhor tem todo o direito, autoridade e competência para fazer a representação, se for o caso, mas eu quero dizer que, do meu ponto de vista, os esclarecimentos que recebi da Drª Simone, pelo que conheço... Quero dizer que também essa não é a primeira, nem a única, e nem será a última permuta ou transição que se faz entre a Prefeitura e particulares. Estou satisfeito, por isso voto a favor, só para tirar qualquer sombra de dúvida sobre a questão. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Está encerrada a discussão. Em votação o PLE nº 045/11. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 045/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, ouvi atentamente as falas dos meus colegas Vereadores, começando pela fala do Professor Garcia, que ontem pediu o adiamento desta votação. Ontem eu já dizia, aqui nesta tribuna, que fui Relator deste Projeto, pelo acordo estabelecido entre as Bancadas, e busquei todas as informações necessárias para fazer o meu relato.

O Ver. Professor Garcia vem aqui e faz um depoimento ratificando tudo aquilo que eu já tinha dito ontem.

Estimado Ver. Pedro Ruas, é verdade, nada como que um dia após o outro, com uma noite no meio - mas uma noite bem dormida, com a cabeça tranquila no travesseiro. Este é o Vereador que lhes fala sobre esta posição e sobre este Projeto. Aqui no Projeto, duas colegas de profissão estabeleceram a análise dos laudos técnicos: a Arquiteta Maria Regina Kerchner Gonçalves, nome que está assinando aqui, com o seu registro no CREA, e a Engenheira Adriana Kirsch Bissigo. Há um laudo de avaliação, sim.

Há outro equívoco nas falas: o Projeto não é da Associação do Aço; é da Prefeitura Municipal de Porto Alegre; o Projeto é do Executivo Municipal, como consta no espelho da Sessão. E tem uma equiparação, sim, dos valores. Os terrenos nus têm valores diferentes.

Agora, o terreno que está sendo trocado, na Lomba do Pinheiro, terá em cima um equipamento público de 300 metros quadrados construído pela Associação do Aço, e esta conta é uma conta que foi feita pelos técnicos do Município, assinada por eles, e eu estou me pautando por esse valor. É possível fazer a contestação jurídica e tributária?

É possível. Então, fiz um relato favorável ao Projeto, porque esse Projeto tem, sim... Nós votamos tantos outros aqui realizando permutas e/ou cedência para associações privadas de caráter público, então não é uma exceção este Projeto; muitos outros já vieram para esta Casa, e aqui há um apelo social, sim. A Lomba do Pinheiro, lá onde esta comunidade está recebendo esse equipamento público... E há outra confusão feita, porque a Associação do Aço está fazendo outra creche na Lomba do Pinheiro, no Mangue Seco, que está em construção, quase pronta. Uma é na parada 13, e a outra é na parada 3. Tem uma que já está quase pronta, construída, com equipamento, construída com a mesma tecnologia, com o Município, e não é objeto deste Projeto.

Concluo meu encaminhamento dizendo que estou muito tranquilo com o Parecer favorável que dei sob o ponto de vista político, sob o ponto de vista do respeito técnico - pelos técnicos que aqui assinaram. Portanto, se houver alguma contestação, o CREA está aqui, a Justiça está para fazer a avaliação deles - e sob o ponto de vista social do Projeto, porque a comunidade será beneficiada, e, segundo a análise, os valores se equiparam no final. Então, esta é a equação que fazemos e que temos que fazer. Votaremos favoravelmente ao Projeto, sim, e volto a dizer a frase do Jorge: “Nada melhor do que um dia depois do outro, com uma noite no meio. Mas uma noite bem dormida e com a cabeça tranquila num travesseiro, o que é o meu caso aqui, nesta tribuna”. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 045/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu queria trazer algumas considerações em relação ao Projeto. Acho que o Ver. Pedro Ruas trouxe muitos elementos importantes, mas, de fato, duas exceções chamam a atenção no Projeto. Primeiro, é, evidentemente, a monta de um valor escândalo, um verdadeiro absurdo que este Projeto representa: um terreno de R$ 560 mil que, pela avaliação de corretores privados, está subavaliado; portanto, vale hoje o dobro da avaliação de 2010, e a troca por um terreno da Associação do Aço de menos de 10% do valor! E nós fomos contra muitas permutas, nós somos contra a lógica de a Prefeitura ser imobiliária. E lembro que alguns Vereadores que hoje vêm defender este Projeto também eram contra essa lógica de a Prefeitura ser imobiliária, mas isso é no passado, lembra-me bem o Ver. Pedro Ruas.

O segundo dado, Ver. Pedro Ruas, é o fato de o Projeto já estar em andamento. Então, não precisa passar pela Câmara Municipal, nós vivemos em uma monarquia ou em uma ditadura, e ninguém nos avisou! Porque o Parlamento não precisa mais avalizar projetos que tratam de próprio Municipal! Ou eu não conheço a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, ou isso que está sendo feito pela Prefeitura é absolutamente ilegal!

Terceiro, a forma açodada, no final do ano, mas nós já sabemos que é praxe, estava parado, disseram-me que alguns setores da Prefeitura estão se mobilizando para aprovar este Projeto para defender qualquer interesse que, eu tenho certeza, não é a creche. Não me venham dizer que uma absoluta troca escandalosa se justifica pela creche. Nós sabemos que a Lomba do Pinheiro tem muito problema de vagas, mas não vi nenhum desses Vereadores nas audiências públicas que nós fizemos, em relação às vagas que faltam para as crianças da Lomba do Pinheiro. Fizemos, é verdade. Mas, Vereadores e Vereadoras, a creche é obrigação da Prefeitura de Porto Alegre. Nós não podemos transferir ou justificar este Projeto em nome da Associação do Aço do Rio Grande do Sul, que é a quarta maior associação de grandes empreendimentos econômicos do planeta! Agora, a segunda exceção, que muito me estranha, é a postura dos Vereadores do PT. Não esperei que os Vereadores viessem a esta tribuna defender este Projeto. Nós, que estivemos em muitas lutas contra a Prefeitura se transformar em imobiliária; nós, que estivemos contra a permuta, em 2009, de vários terrenos municipais, sinceramente, Ver. Carlos Todeschini, eu me surpreendi com o grau de informações que nós não temos sobre o Projeto e a postura da oposição, que deveria estar fazendo um verdadeiro escândalo com esse Projeto. Ontem, o Professor Garcia, que é da base do Governo - é verdade -, pediu informações, e ele fez muito bem em pedir informações. Eu não perguntei ao Vereador como é que vai ser o seu voto, não importa. Mas o Vereador da base do Governo viu que havia problemas no Projeto e pediu esclarecimento, cumprindo o seu papel legislativo. O Ver. Professor Garcia fez muito bem, e o Ver. Sebastião Melo, que discordamos em muitos momentos. Mas muito me espanta que os Vereadores da oposição cumpram o papel de defender um Projeto absolutamente temerário, absolutamente ilegal na forma como está acontecendo! E digo mais para responder ao Ver. Comassetto: é evidente que o Projeto é da Prefeitura; a Associação do Aço ainda não pode fazer projeto na Câmara Municipal, só que, infelizmente, encontra seus interlocutores no Parlamento. Queremos, Ver. Pedro Ruas, e entraremos na Justiça contra o Projeto. É melhor que não seja votado hoje!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 045/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; meus senhores, eu fico muito impressionado com algumas coisas que ouço. É muito fácil ir à tribuna, meio silenciosamente, fazer acusações. É preciso saber que é um Projeto que tramitou na Prefeitura desde 2006; é preciso saber que a Prefeitura tem uma Comissão de Avaliação de Imóveis que eu assinaria depois deles. Eu não teria nenhuma dúvida em assinar depois da Comissão de Avaliação de Imóveis da Prefeitura para serem alienados! Eu não tenho nenhum problema! Eu convivi por longos anos na Prefeitura, em diferentes funções, e aprendi a respeitar os servidores municipais. Eles não se prestariam, especialmente a Comissão de Avaliação de Imóveis, de forma nenhuma, a fazer algo que não fosse digno deles, de jeito nenhum!

Eu tive um caso, como Prefeito, e mandei fazer uma avaliação para uma permuta, mas como sempre fui muito cauteloso, contratei uma avaliação pela Caixa Econômica, outra por uma empresa que na época chamava-se Avaliem, e eu conferi: as três eram iguais, praticamente. A Prefeitura faz isso com muito cuidado. Eu não estou falando em Prefeito, Secretário, em coisa nenhuma; estou falando em servidores municipais que cuidam com responsabilidade daquilo que têm que assinar. Eu não conseguiria fazer com que uma comissão inteira alterasse valores. Eles analisam o valor do metro quadrado nas cercanias, avaliam tudo, eles sabem muito bem cumprir a missão para a qual são designados. E é por isso, com tranquilidade, que eu peço que o Projeto seja aprovado, porque não há problema nenhum. Trocar um terreno de R$ 500 mil por um de R$ 50, iniciar a transação aí, talvez não seja a mais lógica. Mas, se nesses R$ 50 está colocada uma creche, de repente os valores se aproximaram.

Então eu não tenho nenhuma dúvida de, tranquilamente, dizer: confio na Comissão de Avaliação de Imóveis da Prefeitura, e o Projeto deve ser aprovado. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 045/11.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, logo que cheguei no plenário, conversei com aquelas senhoras que estão nos assistindo desde manhã e disse a elas que votaria favoravelmente ao Projeto, e vou votar favoravelmente ao Projeto, Verª Fernanda Melchionna. Primeiramente, porque nós temos, sim, algumas avaliações lá na Prefeitura, e eu respeito meus colegas servidores públicos que fizeram essa comparação de valores. Por outro lado, eu votaria, talvez, contrariamente, se isso se tratasse da permuta de uma grande associação poderosa e rica, Associação do Aço versus uma poderosa outra entidade, porque daí não haveria necessidade dessas questões.

Agora, Ver. Todeschini, concordo com a posição de V. Exª pelo seguinte: quando se trata de uma poderosa entidade, de um lado do negócio, versus uma entidade, uma creche, aonde lá vão pais pobres e levam para lá filhos pobres, o valor da obra da creche, aqui dentro do meu peito, triplica, porque uma ação - e respeito, claro, a posição do nobre Ver. Pedro Ruas, meus ilustres Vereadores, mas estamos vivendo o Natal - que melhora a vida das crianças, no nosso Município, estou com ela e voto nela. Porque, claro, se fosse uma permuta zero a zero, um imóvel de R$ 50 mil versus um imóvel de R$ 500 mil, não iríamos aprovar o Projeto. Agora, se de um lado nós temos um imóvel que vale não sei quanto, R$ 100 mil, por exemplo, e de outro lado, um que vale R$ 500 mil, e nesse de R$ 100 mil, se constrói uma creche para as nossas crianças de Porto Alegre, eu voto a favor e bastante tranquilo com a posição que estou aqui tomando. Por isso estou aqui repetindo às mães e mulheres que estão nos assistindo que sou a favor e votarei a favor do Projeto. Um abraço e Feliz Natal a todos nós. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, o PLE nº 045/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM, 04 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra.

 

O SR. ADELI SELL: Declaração de Voto (Lê.): “Votei convencido de que é Projeto meritório. E não devo explicações ao PSOL, mas ao povo”. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Quero aproveitar e dizer que o PSOL não está cobrando nada do Ver. Adeli. Ele não tem que explicar nada para o PSOL mesmo.

Eu estou fazendo um Requerimento, Srª Presidente. Eu gostaria de receber, ainda na gestão de V. Exª, a cópia da Ata. Eu já anunciei que nós vamos à Justiça para anular esta votação, pois é um absurdo a diferença. Então, eu gostaria de receber cópia da votação de hoje e do resumo do Projeto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão à disposição. Todos esses documentos são públicos.

 

O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta, como é que ficam as crianças nessa situação? O Ver. Pedro Ruas está querendo entrar na Justiça. Isso é um absurdo!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Feito o registro. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Voto favoravelmente com base no relatório apresentado, no exame realizado pelo Ver. Professor Garcia, pela recomendação da Liderança do Governo e, sobretudo, porque atende à comunidade da Lomba do Pinheiro.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrada a Declaração de Voto.

O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, apenas para registrar que o meu voto é “sim”. Eu não consegui estar presente no momento, mas o meu voto é “sim”.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado na Ata, Vereador, o seu voto.

O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Presidente, ainda temos a votação de mais um Projeto para encerrarmos a Ordem do Dia, mas eu quero desejar a todos os Vereadores, pelo carinho que tiveram comigo, um feliz 2012, um belo Natal, e para a nossa Presidenta, que me recebeu muito bem também, um Feliz Natal. Vamos ao trabalho.

O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, em nome da Bancada do PPS, nós queremos dar os parabéns principalmente para quem vai receber esse benefício: as crianças e as famílias da Lomba do Pinheiro.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo a Emenda nº 01, de autoria do Ver. João Antonio Dib, ao PLCE nº 010/11.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, solicitando dispensa do envio de Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/11 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3914/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/11, que altera dispositivos das Leis Complementares nº 07, de 7 de dezembro de 1973, e nº 209, de 28 de dezembro de 1989, e dá outras providências. (Taxas relativas a atos administrativos)

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Em discussão o PLCE nº 010/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Em votação o PLCE nº 010/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita a desistência da renovação de votação da Emenda nº 02 ao PLE nº 037/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Srs. Vereadores, quero lembrá-los de que, neste momento, encerro a Sessão Extraordinária que começou às 9h30min, e, de imediato, iniciaremos a Sessão Ordinária, que não é Sessão de votação. Eu espero que Vossas Excelências deem presença, mas escuto Vossas Excelências.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, eu quero me manifestar em nome da minha Bancada, a do Partido Trabalhista Brasileiro, até porque agora eu vou quebrar o meu jejum, e muitos dos colegas irão quebrar o jejum, desejando Feliz Natal a todos, principalmente aos servidores desta Casa, que nos acompanharam durante todo este ano. Desejo um Feliz Natal e que o ano de 2012 seja muito especial, de crescimento para todos nós, em todas as áreas. Muito obrigado, Srª Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Extraordinária.

 

(Encerra-se a Sessão às 14h45min.)

 

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